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Quem
se importa com criança?
No máximo com os próprios filhos. Quando muito
parentes e agregados. Não me venha dizer que você trabalha numa ONG,
entidade, partido, grupo religioso ou escola e que você se importa. Existe
hediondo ganho secundário nisso ou mesmo o bom e velho lucro. Tudo bem que
você não dê a menor pelota para as crianças pobres do mundo. Está perdoado.
Nossa mente é programada para ajudar ao próximo e pronto, quando muito. Nosso
pensamento foi forjado numa era ancestral em que não tínhamos noção da extensão
do mundo nem da humanidade. Éramos o nosso grupo e olhe lá. Inclusive, com isso,
evita-se cometer as atrocidades que se comete em nome da criança, do bem-estar
do menor, etc. Infinitamente pior que isso é ser filho da puta com os
próprios filhos. É muito pior que se fazer de egípcio com as crianças do
semáforo ou montar uma entidade sob o pretexto de ajudá-las, mas com o intuito
mesmo de auferir alguma verba do governo. A cada dia que passa, me enoja mais
o uso que os pais fazem dos próprios filhos. No país onde, por uma questão
cultural enviesada, golpe da barriga não é crime, mas meio de vida, quantas
crianças não são jogadas no mundo por uma necessidade econômica ou afetiva da
mãe? Na retaguarda dessa iniquidade, um trilhão de leis que só protege a
prática, monstrualiza o homem e vulgariza a concepção. O discurso quase
unânime da atual geração de meninas é engravidar de celebridade e viver de
pensão. Meio de vida acessório também de toda uma camarilha de advogados
inescrupulosos tão cúmplices quantos os mentores das leis safadas. A santa
mãe, que foi buscar o preservativo usado no lixo do banheiro para se
autofecundar, ainda goza do direito ilimitado de determinar se o pai
involuntário e pagador compulsório vai ou não conviver com seu rebento. A
santíssima fêmea, idolatrada e eternizada como personificação da bondade na
terra, ainda pode lavrar falsa acusação de violência contra ela por parte do
doador de esperma e a lei "Maria da pensão" lhe garante o poder de mentir em
juízo sem a contrapartida da punição. Não sejam tolos. A lei não garante
proteção a ninguém sem os devidos mecanismos coercitivos que hoje não existem.
Assinar um papel em véspera de eleição não custa nada, desenvolver mecanismos
para salvaguardar vidas demanda recursos. Aproveitando-se da forma imoral
como a lei foi aqui concebida, partindo de uma imposição externa;
considerando-se o fato de que a pessoa que infligiu sofrimentos a pessoa que deu
nome a lei tratava-se de reconhecido psicopata; na rabeira da insanidade e
histeria que acomete nossos legisladores/políticos, todo e qualquer homem nesse
Brasil varonil, independente do quanto ame, cuide e queira conviver com seus
filhos, tornou-se um monstro, um psicopata ou um estuprador a priori, sem o
direito do contraditório. Sem contar que também é possível usar o divórcio
para se vingar do cônjuge. Basta com ele ter filhos. A sacrossanta figura
materna, pode também dispor da prole como instrumento de vingança uma vez que na
totalidade dos casos o judiciário lhe outorga essa possibilidade com o instituto
da guarda. Só nesta terra de pesadelo, se arranca os filhos de um homem na
canetada de um juiz, sumariamente, sem questionar mérito, motivo razoável ou
circunstância que justifique. Estão roubando dessas crianças a possibilidade de
ter mais uma pessoa para ajudá-la a traçar rumos nesse mundo espinhoso. O
brasileiro sempre foi cobaia de laboratórios farmacêuticos ao longo de sua
história repleta de exemplos. As aberrações que estas empresas produziram
empalidecem diante dos efeitos que as experiências sociais injetadas no povo
brasileiro estão produzindo nas últimas décadas. Nossos governantes são meras
marionetes assinado leis forjadas lá fora em laboratórios sociais. Os
brasileiros vivem num tubo de ensaio social, cobaias solapadas por medidas sem o
devido lastro de comprovação de sua eficácia ou inocuidade. Hoje as
autoridades limpam a bunda com o principio constitucional de igualdade. Vamos
findar por deixar gerações futuras numa zona emaranhada e ininteligível de
supra-cidadãos, ultra-gêneros, mega-raças, hiper-grupos. Você se importa
mesmo com as crianças sem questionar nada disso?
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